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Avelar Brotero
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Félix de Avelar Brotero, nasceu em 1744, em Santo Antão do Tojal (Portugal). Foi Cavaleiro da Ordem de S. Bento de Avis. Doutorou-se em Medicina pela Universidade de Reims. Em 1791, foi nomeado professor de Botânica e Agricultura na Universidade de Coimbra, cargo que acumulou com o de director do Jardim Botânico. Em 1811, ocupa o cargo de Director do Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa. Em 1821 foi eleito deputado às Cortes Constituintes pela Estremadura.

Produziu uma vasta bibliografia científica de botânica de reconhecido valor, entre as quais se encontra a “Flora Lusitânica”. Foi membro da Linnean Society de Londres e da Royal Horticultural Society, e sócio de várias academias: Academia Real das Ciências de Lisboa, Academia de História Natural e Filomática de Paris, da Academia Fisiográfica de Lunden da Suécia, da Academia de História Natural de Rostock e da Academia Cesarea de Bona.

Morreu em 1828, em Lisboa.

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Júlio Henriques
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Júlio Augusto Henriques nasceu em 1838, em Cabeceiras de Basto (Portugal). Tornou-se Bacharel em Direito, pela Universidade de Coimbra, em 1860. Na mesma Universidade, licenciou-se em Filosofia, em 1864, e doutorou-se, em 1865. Em 1866, torna-se docente da Faculdade de Filosofia. A 17 de Janeiro de 1873 é nomeado lente catedrático e atribuem-lhe a regência da cadeira de Botânica e Agricultura e a direcção do Jardim Botânico. Ao serviço desta instituição, criou uma biblioteca e um museu direccionados ao estudo da Botânica. Deve-se a si a compra do valiosíssimo herbário de Willkomm. Em 1880, funda a Sociedade Broteriana e as suas publicações. Foi jubilado em 1918.

A sua actividade científica é rica. Publicou inúmeros trabalhos de botânica e foi sócio de várias instituições científicas, entre as quais se encontram a Sociedade de Geografia de Lisboa, a Sociedade Botânica de França, a Sociedade Nacional de Aclimatização de França, a Sociedade de Economia de Madrid, a Sociedade Botânica de Copenhaga e a Academia das Ciências de França. Aposentou-se como professor e director do Jardim em 1918, aos 80 anos, continuando a trabalhar como Naturalista e Director do Herbário até à sua morte.

Morreu em Coimbra, em 1928.

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Luís Carrisso
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Luís Wittnich Carrisso, nasceu em 1886, na Figueira da Foz (Portugal). Licenciou-se na Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra, em 1910, onde se doutorou e permaneceu como docente do grupo de Ciências Biológicas. Foi professor catedrático; Secretário da Faculdade de Ciências (1917-1919), Director do Museu e Laboratório Botânicos (1919-1922); Director do Jardim Botânico (1919-1922); Reitor interino da Universidade de Coimbra (1930-1931); Director do Instituto Botânico (até 1937); Presidente da Câmara Municipal de Coimbra; Presidente da Comissão de Obras da Cidade Universitária; Presidente da Junta de Construção do Ensino Secundário e Técnico; Membro do Conselho do Império Colonial.

Foi Presidente da Sociedade Broteriana e sócio de várias outras sociedades científicas: Société Botanique de France (Paris), Société de Bio-Géographie (Paris), Société Botanique de Genève, Société de Physique et d’Histoire Naturelle de Genève, Institut Colonial International (Bruxelas), Société Portugaise de Biologie, Sociedade Anatómica Portuguesa, Sociedade de Geografia de Lisboa, Instituto de Coimbra, Sociedade de Estudos de Angola (Luanda), Sociedade de Estudos da Colónia de Moçambique.

É autor de muitos trabalhos biológicos, históricos, biográficos, entre outros, publicados em revistas científicas. Participou em diversos encontros internacionais de Botânica. Foi o delegado português à Conferência Internacional para a Protecção da Fauna e Flora de África (Londres, 1933). Representou a Universidade de Coimbra nas festas comemorativas do IV Centenário do Colégio de França (1931) e nas do III Centenário do Museu Nacional de História Natural de Paris e Academia Francesa (1935).

Detinha vários títulos importantes, como o de Grande Oficial da Ordem de S. Tiago de Espada, Cavaleiro da Ordem de Leopoldo II da Bélgica, Cavaleiro da Legião de Honra e, postumamente, em 1 de Setembro de 1937foi-lhe atribuída a Grã-Cruz da Ordem de Instrução Pública.

Morreu no deserto de Moçâmedes, em Angola, em 6 de Junho de 1937.

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Adolfo Möller

Adolpho Frederico Möller, nasceu em 1842, em Lisboa (Portugal), onde fez os seus primeiros estudos. De 1857 a 1860, faz um curso de Silvicultura Prática, na Alemanha. De regresso a Portugal, entre 1860 e 1865, presta serviço na Administração Geral das Matas do Reino e nos Pinhais Nacionais da Machada e Vale do Zebro. Em 1865, vai para Coimbra, prestando serviço na Direcção das Obras Públicas de Coimbra e na Secção Florestal da Direcção para Administrar as Obras do Mondego. Em 1874 é nomeado inspector do Jardim Botânico de Coimbra. Foi ao serviço desta última instituição que prestou um valoroso serviço à Ciência, como colector de espécies animais e vegetais, em Portugal e em África. Realizou uma importante expedição científica a São Tomé e Príncipe.

Foi sócio honorário da Sociedade Farmacêutica Lusitana e correspondente da Sociedade de Geográfica e da Sociedade Promotora da Indústria Fabril.

Colaborou com diversas publicações científicas e de diversos herbários.

Morreu em 1920, em Lisboa.

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Joaquim de Mariz
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Joaquim de Mariz Junior nasceu em 1847, em Coimbra (Portugal). Licenciou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Em 1879, torna-se naturalista adjunto à cadeira de Botânica da Universidade de Coimbra, lugar que conserva à morte. Foi um taxonomista botânico de referência, na sua época, levou a cabo a revisão do extenso herbário do Jardim Botânico de Coimbra. Dedicou-se ao estudo da flora fanerogâmica portuguesa, tendo redigido importantes trabalhos de botânica descritiva sobre várias famílias.

O seu nome fica ligado à Sociedade Broteriana, da qual foi sócio e proeminente colaborador. Realizou uma importante expedição científica a Trás-os-Montes, da qual resultou um estudo consistente da flora da região. Morreu em 1916.

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Aurélio Quintanilha
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Aurélio Pereira da Silva Quintanilha nasceu em 1892, nos Açores (Portugal). Licenciou-se em Ciências Histórico Naturais na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em 1919. Em 1926, doutorou-se pela Universidade de Coimbra, onde foi professor catedrático, durante 9 anos, e desempenhou os cargos de Director do Laboratório Botânico e Secretário da Faculdade de Ciências, durante o ano de 1927. De 1928 a 1931, ocupou o cargo de Leitor de Português na Universidade de Berlim e estudou a sexualidade dos cogumelos no Pflanzenphysiologisches Institut. De 1943 a 1982, exerceu o cargo de Director do Centro de Investigação Científica da Algodeira, em Lourenço Marques (actual Maputo), Moçambique.

Participou em vários Congressos, entre os quais: IV Congresso Internacional de Botânica de Londres (1930), V Congresso Internacional de Botânica de Amesterdão (1935), Congresso Internacional de Genética de Edimburgo (1939), VI Congresso Internacional de Botânica de Estocolmo (1950), Congresso Internacional de Botânica de Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências de Lisboa (1950), VII Congresso Internacional de Botânica de Paris (1954), Congresso Internacional de Genética de Montreal (1958), etc.

Das Sociedades Científicas a que pertencem, salientam-se: a Sociedade Broteriana, a Societé Botanique de France, a Société Mycologique de France, a Deutsche Botanische Gesellschaft, a Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, Société Portugaise de Biologie, Portuguesa de Biologia, Sociedade de Estudos de Moçambique. Em 1958, foi também eleito sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa.

A sua carreira científica é reconhecida internacionalmente, tendo-lhe sido atribuídas várias distinções, entre as quais se destacam: o prémio Hansen da Microbiologia de 1937 (Copenhaga), o prémio Arthur Malheiros de 1943, pela Academia das Ciências de Lisboa, o título de Doutor Honoris Causa, em 1943 pela Universidade de Witwatersrand (África do Sul) e, em 1983, o título de Doutor Honoris Causa Faculdade de Ciências de Lisboa.

Em 1972, o Governo Português concedeu-lhe o Grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada e, em 1987, a condecoração da Ordem da Liberdade, que lhe foi atribuída pelo, então Presidente da Republica, General Ramalho Eanes.

Morreu em 1987, em Lisboa.

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Domenico Vandelli

Domenico Agostino Vandelli, nasceu em 1735, em Pádua (Itália). Concluiu as licenciaturas de Filosofia Natural e de Medicina na Universidade de Pádua, em 1761, onde também obteve o grau de Doutor em Medicina. Em 1772, foi incorporado na Universidade de Coimbra, como lente de História Natural e de Química, e graduado Doutor em Filosofia e em Medicina. Na Universidade de Coimbra exerceu os cargos de Director do Laboratório Químico, em 1772, e de Decano e Director da Faculdade de Filosofia, em 1777. Foi jubilado em 1791, pela Universidade de Coimbra.

Fundou vários Jardins Botânicos em Portugal, nomeadamente: o Jardim Botânico da Ajuda, em 1768; o Jardim Botânico de Coimbra, em 1772; o Jardim Botânico do Palácio do Monteiro-Mor, na década de 1750; tendo sido Director dos dois primeiros.

Dirigiu várias expedições científicas, em Itália e Portugal, nas quais foram descobertas mais de cem espécies biológicas novas para a ciência. Publicou vários trabalhos importantes sobre temas científicos e económicos, nomeadamente sobre botânica descritiva e economia agrícola.

Foi sócio de várias sociedades científicas: Sociedade Real de Londres, Academia Real das Ciências de Lisboa e das Academias de Ciências de Uppsala, Lusácia (Lausitz), Pádua e Florença. Foi membro da Maçonaria, comendador da Ordem de Cristo e deputado da Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação.

Morreu em 1816, em Lisboa.

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